outubro 31, 2011

Liberdade: a ave branca

Estes Homens do Mar, que não diferentes de nós, vestem animais, apesar de excessivamente adornados e de feitios e cores esquisitas, descem daquelas grandes caixas de madeira acompanhados pelos seus iguais … iguais ? … Bem , iguais não o são pois senão todos usariam ou aquelas vestes bizarras de animais invulgares nesta nossa terra  ou aqueles panos rotos , sujos e com poucos dentes .
Apoderaram-se das nossas terras e mulheres como se de animais se tratasse , obrigando-nos a trabalhar em estruturas igualmente bizarras provenientes da cultura dos homens do Mar ou a recolher tudo o que a Mãe ( Natureza ) nos dá, para simplesmente desperdiçá-las, ao mandarem-nas de novo para o mar juntamente com alguns dos seus ‘’iguais’’ naquelas suas caixas flutuantes …
Mas nem todos são assim. Aquele que da fala nativa do seu povo se serve apoia-nos  , ajudando na nossa luta pela antiga vida. Fala-nos de um animal que diz que nos pertence ou que nos pertencia e foi tirado… Liberdade ? Imagino-a como uma enorme ave  branca , mas de tal bicho nunca antes ouvimos. Mas o Homem branco com o dom da palavra não nos explicou bem como ele era ou porque nos pertencia…
Gostava de poder vê-lo , esse tal animal, mas e os outros ? Aqueles que os homens do Mar trouxeram, têm o dom da camuflagem devido a sua cor escura , e que ótimos caçadores devem ser… Estes não tinham posse da ave branca também ? Provavelmente não, pois a esses o ‘’falador’’ não  presta a sua atenção.
Não me importava de lhes dar as crias da nossa ave branca quando então a tivessemos e assim todos poderiamos viver como somos…
Do Diogo, 11ºB

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