abril 11, 2012

Capítulo VI: Os Maias

Hotel Central, Praça Camões
 
VI Capítulo

  • jantar de homenagem a Cohen (o banqueiro judeu) no Hotel Central;
  • Carlos cruza-se com uma bela desconhecida quando entra no Hotel;
  • nesse jantar revelam-se outras personagens “tipo”: Alencar, poeta Ultra-Romântico, que tinha sido amigo dos pais de Carlos; o Craft, um inglês que há muito vivia em Portugal; Dâmaso Salcede, o novo-rico;
  • o jantar termina com uma briga;
  • já em casa, Carlos recorda o passado,como ficara a conhecer a história da mãe e do pai e adormece, evocando a visão da mulher que tanto o tinha impressionado. ......................................................................................................................................
Comentário:

Este é um dos Capítulos mais importantes, porque nele se cruzam os dois níveis da obra: o da intriga e o da crónica de costumes.

A intriga:
  • presságios: Ega, em conversa com Carlos (antes do jantar) diz-lhe que ele há-de vir a “acabar desgraçadamente[…] numa tragédia infernal”( p 152);
  • a mulher com quem Carlos se cruza é como uma “deusa” envolta em mistério (p 157);
  • no final do Capítulo, o sonho de Carlos, após ter recordado o seu passado familiar, remete para esta mulher, sonho premonitório.
A crónica de costumes:
  • o comportamento e a linguagem pouco adequados da alta burguesia lisboeta que quer parecer muito civilizada e cosmopolita;
  • a oposição entre o Ultra-Romantismo retrógrado(Alencar) e o Realismo/Naturalismo(Ega), ambos exagerados.
  • espaço social: o Hotel Central, onde desfila esta galeria de tipos sociais.

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